Abril 2012

Entrevista do Mês

 


A entrevista do Gabinete Estadual do Ceará do mês de abril é como Ir. Pedro Filho, Past Mestre Conselheiro Estadual do Ceará -2009/2010

"Passar por esses cargos é passar por experiências impares, é conviver com pessoas que têm pensamentos totalmente diferentes dos seus, é aprender com essas diferenças, é conhecer a particularidade de cada irmão, tio, tia e capítulo por onde você passa."

 

Como você conheceu a Ordem DeMolay?

O primeiro convite que recebi para ingresso na Ordem DeMolay foi aos 13 anos de idade, não conhecia de maneira nenhuma e meu pais não aprovaram o meu ingresso, por a Ordem ser ligada a maçonaria também  por a não conhecerem. De fato conheci a Ordem DeMolay aos 16 anos de idade através de um amigo. Não imaginava que ele era um DeMolay quando o vi de ritualística após uma reunião o interroguei e ele notou o meu interesse, no mesmo instante fez o convite, me explicou tudo a respeito da Ordem, como ele funcionava, as atividades propostas pela mesma. Então começou a “batalha” para convencer os meus pais. Alguns seniores DeMolays foram até a minha casa para conversar com meus pais, explicaram tudo que podiam e com muita relutância meus pais aprovaram o meu ingresso.

 

Você está dentro da Ordem DeMolay a quase 6 anos, nós conte um pouco sobre seus primeiros passos e quais foram os principais acontecimentos que marcaram sua vida nesse tempo?

Iniciei aos 16 anos de idade com mais 08 grandes irmãos, a maioria deles ainda hoje continua frequentando assiduamente.  Passei os dois primeiros anos com 100% de presença. De fato as reuniões sempre foram muito prazerosas. Chego ao grau DeMolay seis meses após a minha iniciação e exatamente um ano após a minha iniciação, ingresso a Cavalaria. Tudo na minha vida DeMolay aconteceu de maneira muito rápido. Meu primeiro cargo em nominata foi o cargo de secretário e isso me proporcionou um crescimento enorme dentro da Ordem, aprendi muito com esse cargo e acho que todos deveriam passar por ele, e exercendo de maneira satisfatória, terá grande proveito do cargo.

 

Como surgiu a idéia de ter sido Mestre Conselheiro Estadual do Ceará e nos conte um pouco sobre suas principais vitórias e dificuldades em sua gestão? Qual projeto que mais deu certo? E Qual projeto não deu?

Nunca havia me passado a ideia de ser Mestre Conselheiro Estadual do Ceará, mas como relatei as coisas sempre aconteceram muito rápido na minha vida DeMolay. Sempre acompanhei de perto as gestões do gabinete estadual desde a minha gestão e com isso surgiu o desejo de fazer mais pela Ordem. Eu sabia que podia fazer mais, que nossa Ordem merecia mais. Não desmerecendo os antecessores, acredito que todos que passaram por esse cargo deixaram a sua marca. Mas o nosso Estado encontrava-se em um momento no alvorecer de um novo tempo. Torno-me Mestre Conselheiro do meu capítulo mãe – Capítulo “Cidade Iguatu” N°279 – e exponho os meus anseios aos irmãos do mesmo que me apoiam a minha candidatura ao cargo de Mestre Conselheiro Estadual do Ceará Adjunto. Mas o Pai Celestial tinha outros planos e após perder a eleição no III CEOD na cidade de Sobral, saio com o desejo de me tornar MCE-CE, como de fato acontece no ano seguinte, apenas com três anos após ter iniciado. Tudo foi fruto de muito trabalho, dedicação e coragem. As dificuldades foram muitas, a Ordem no nosso Estado estava passando por grandes problemas, vários capítulos estavam com grandes dificuldades. Nossa primeira grande vitória foi a 

estruturação dos capítulos e da Ordem. Acredito que a grande ação que fizemos foi sempre trabalhar em 

conjunto, em parceria com o Grande Conselho, trabalhando de forma uniforme com os tios e irmãos que estavam à frente do mesmo. Aqui, tenho que destacar as figuras do tio Bitú e do irmão Gleuberton Cartaxo. Como falei, nosso Estado estava passando por uma fase peculiar, e nossas propostas de candidatura sempre foram no sentido dessa estruturação, sempre propor atividade que pudessem ter continuidade. Isso foi outra coisa que deu bastante certo. Trabalhar ao lado de um grande MCEA como Samuel Evangelista foi com certeza a nossa sorte. Quase todos os nossos projetos deram certo, principalmente na questão da estruturação dos capítulos e a ajuda incansável aos Mestres Conselheiros para que estes fizessem boas gestões em seus capítulos. A expansão da nossa Ordem em nosso Estado também é algo que tenho muito orgulho, sendo um dos trabalhos mais recompensadores. Mas o principal projeto da gestão sem dúvida foi o Conselho de Aprimoramento para Mestres Conselheiros – CONAMESCO, que só depois de muito trabalho, empenho, conseguimos aprovar o evento, já no final da gestão, e veio de fato acontecer no ano seguinte, já na gestão do irmão Samuel Evangelista. Como citei essa sempre foi a intenção, sempre buscar realizar trabalhos que tivessem continuidade, nosso Estado precisava disso. O único projeto que não deu certo de fato foi a premiação de capítulos destaques do ano em nossa gestão, porém, no ano seguinte também foi realizado.

 

 

Agora como sênior DeMolay, quais planos para o futuro dentro da Ordem?

O papel do sênior DeMolay é ajudar, aconselhar, forma opinião. Não devemos estar interferindo nos trabalhos do capítulo. O capítulo tem que ser autônomo e fundamental para o DeMolay ativo saber que ele é autônomo e que tem pessoas que possam lhe ajudar, lhe aconselhar nos momentos de necessidade. Portanto, meus planos dentro da Ordem é continuar ajudando no que for necessário, só que de outra forma, agora como co-adjuvante, porém com o mesmo amor e dedicação com a nossa Ordem.

 

O que faz fora da ordem DeMolay ? No que a ordem possa ter lhe ajudado?

Eu sou estudante do curso de História na Universidade Federal do Ceará, bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET História UFC. A Ordem DeMolay sempre me ajudou a me tornar uma pessoa melhor, lapidando o meu caráter. Mas especificamente, me ensinou a conviver melhor com as pessoas que têm concepções diferentes das minhas, me ensinou a ser tolerante, me ensinou a trabalhar em equipe. Isso tudo eu tenho usado em minha vida.

 

Deixe recado para todos aqueles que desejam galgar cargos como o de Mestre Conselheiro e MCE.

Ser Mestre Conselheiro é poder colocar em prática tudo aquilo a Ordem lhe ensina. Ser Mestre Conselheiro Estadual é uma prova de amor a sua Ordem e ao seu Estado. Nenhum dos dois cargos devem, de forma alguma, ser exercidos com ou por causa da vaidade. A vaidade, aliás, é o que tem maculado a nossa Ordem. Passar por esses cargos é passar por experiências impares, é conviver com pessoas que têm pensamentos totalmente diferentes dos seus, é aprender com essas diferenças, é conhecer a particularidade de cada irmão, tio, tia e capítulo por onde você passa. É criar laços tão fortes de amizades, é conhecer pessoas que você velará consigo para o resto de sua vida. Enfim, passar por esses cargos, com a amor a Ordem e sem nenhum tipo de vaidade, é conhecer de fato a nossa instituição.